quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O amor é como uma divindade do mal que jamais deve ser nomeada.Um sentimento que na verdade nunca existiu, que serve apenas como uma chave para um drama que gostamos de representar.Uma atuação que aprendemos desde pequenos, condicionados por métodos pavlóvicos e treinados pelas mídias.As pessoas que realmente importam não saem recebendo o trágico cumprimento "eu te amo" a toda hora.É constrangedor e difícil dizer tais palavras para as pessoas que estão de fato em algum lugar de importância para nós.E ninguém cobra, e ninguém deve, e ninguém se importa com tais formalidades.
Esse tal amor devia ser banido.A busca e necessidade da representação é o que estraga, destroi as relações que supostamente, e apenas por uma mera impressão, parecem indestrutíveis.Durante nossas vidas temos algumas encenações e ensaios, talvez para sempre, ou até acharmos alguém que também tenha a peça totalmente decorada em que ninguém precise declarar tudo de forma exagerada como no teatro clássico.
O amor exala seu cheiro fétido e contamina a todos, com o intuito de carregar a maior quantidade de almas para seus rituais.Deixo de ser um fiel dessa religião sem perdão e sem lógica.Não há vencedores, todos saem feridos.
Não amamos ninguém do modo como ensinam, amamos apenas a sensação de termos representado bem, e de termos uma historinha cheia de corações e coisas que enjoam.
O amor é implícito, sem forma, sem nada que possa definí-lo.O amor é invisível.

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