quarta-feira, 9 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

o que é a vida se não mudanças?

o que é a vida se não mudanças? em eternas revoluções sem fim nos encontramos desde que nascemos até o último suspiro. A vida nos faz mudar de lados e querer experimentar coisas, conhecer lugares, absorver pessoas. Cada mínimo fato que passa por nós é algo que nos influencia e nos transforma. Sou o que sou até que algo me mude.
Quanto mais tempo temos de vida acho que fica mais difícil absorver certas coisas. Talvez por nos gabarmos de alguma especialização e nos fecharmos para outras coisas, talvez por medo do desconhecido e por conta da idade avançada não conseguirmos nos lavantar de novo. O caso que vos conto ainda não é acabado, pois a vida desse sujeito está longe de acabar...
...
" Nunca pensei até os meus 13 anos, eu acho. Ao menos não que eu me lembre. É claro que ia bem na escola, tirava boas notas, mas pensar sobre a vida, sobre o que me cerca, sobre as pessoas, os efeitos que eu podia causar e que elas me causavam. Isso, nunca tinha pensado. Não sabia o que era sentir, seja lá o que for, amor, ódio, carinho, amizade. Apenas ia, como que carregado pelo vento e pelos outros, alguém sem muita vontade (pelo que vejo hoje). Algo que me mudou foi uma vontade que cresceu, meio que da inveja, meio que da admiração pelo amor que eu comecei a enxergar. Em novelas, livros, filmes, todos tinham alguém, alguém para poder contar, alguém parceiro que lhe salvava de alguma forma da auto-destruição, alguém que mudasse para sempre o modo de ver a vida. E como achei aquilo bonito. Então pedi, pedi, pedi e esperei. E aí comecei a pensar e reparar, achei minha primeira namorada. Por meio do ciúme reparei que sentia algo diferente. Mas eu quis ser muito dos filmes. Exagerei, chorei demais, sofri por besteiras, e achei que aos 14 anos eu iria decidir tudo que pudesse sobre tudo na minha vida. Hoje, rio de tudo, na época apenas tentei me matar aos poucos, ou rapidamente.
Um final trágico para um relacionamento esquisito, mas foi bom para aprender. Arrependimento passa longe do meu vocabulário. Aí ainda não sabia de nada. Pouco tempo depois me joguei numa ótima oportunidade. Alguém que chorou por mim, por eu ter desmaiado ridiculamente por um problema de hipoglicemia junto com falta de comida, me pareceu alguém que pudesse dar certo. Não deu, me agarrei à alguém cedo demais, antes de ter esquecido totalmente meu amor descontrolado. Peço desculpas!
Depois uma fase de tempestades e ventania. Procurava alguém e não achava, achar e não querer, queriam e não quis, vagabundei, mas nunca tive muita vocação para isso. Eu sou como chamam, um romântico, alguém que acredita nessa força que tanto procurei, o amor. Quando menos esperei achei alguém que pareceu me querer. Talvez ainda eu não soubesse sentir... Me baseava no possível amor que alguém pudesse sentir por mim. Mas nem isso era dessa vez. Era apenas uma vontade que passou, assim como passa qualquer outra coisa na vida. Ainda bem, eu estava começando a tomar cuidado, a não me precipitar e dizer o que achava que sentia, a começar a diferenciar meus sentimentos.
Mas ainda cometeria algumas besteiras. E veio mais uma fase de pertubação e essa seca demorou mais ainda. Reparei que o que eu gostava era conhecer alguém de verdade, descobrir junto de alguém a vida, desvendar os segredos e saber o que alguém precisa. Gostava sempre de me fazer de prestativo, de ajudar. E talvez assim, eu achasse que ajudava.
Até que desejei sem poder, me desejaram. E de alguma forma foi mágico. Mas ainda não era o derradeiro. Entreguei-me e fui dispensado, chorei e fiquei amargurado. Sofri por tempos e superei. Senti raiva, traição e tudo de ruim. Hoje, rio.
Aprendi muitas coisas, aprendi principalmente a não desperdiçar uma oportunidade de amar e me entregar. Mesmo que não fosse algo assim. Disperdicei pessoas maravilhosas que fariam muito por mim, que me fariam feliz. Ainda bem que aprendi. Conheci mais 2 pessoas que me marcariam. Com uma aprendi a controlar meu lado ruim, a expor minha raiva, sentir a raiva. Eu era muito bonzinho, sempre deixava de lado o que pudesse me fazer mal ou pudesse causar um mal estar. Obrigado. Depois aprendi a ser eu mesmo mais do que nunca, talvez antes eu fosse eu mesmo, mas deixava alguns passarem por mim. E aprendi que sou eu, sendo bom, ou ruim, eu estava no controle finalmente. Obrigado. Algumas dessas pessoas que passaram por minha vida, já não falo, algumas apenas sorrio, outras ainda tenho carinho e converso sobre a vida. Tento ser meio assim, revolucionário, liberto, de cabeça aberta, batalho pelo amor.
Ultimamente, estou amando e nunca estive tão feliz. Nunca senti tanto essa força e nunca antes soube dar tanto valor. Nunca tive tanto medo, e nunca quis tanto que tudo fosse mais fácil. Depois de tudo, e tantas decepções eu sinto ainda algo diferente, e após muito tempo. Algo tão valioso que finalmente encontrei, desde minha infância. Acho que finalmente achei o amor."
...
Queremos sempre mudar e mudar com alguém. Mudar sem ter que ir ou vir, mudar ali ou lá. Quero que tudo mude e meu amor mude junto a ti.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

palavras

Assim assado, assim simplesmente. Como é estranho tentar escrever alguma palavras tão bestas, às vezes. Talvez o que seja tão simples e natural, algumas vezes, pareça simples e natural demais. As palavras caindo pelo canto da boca pareciam não surtir o mesmo efeito se fossem duvidosas na hora de expeli-las.
Na hora de falar, imagina, de escrever as soletra e quando sonha ela os envolve. As palavras que lhe explodem a boca, pedindo licença para sair. Palavras de amor e verdade, sinceras e duras, broncas e chulas, espertas, astutas...As busca de forma, às vezes, controlada quando quer dizer claramente o que pensa. E descontrolodas, como uma lavagem cerebral, um fluxo de sua consciência, quando quer dizer o que pensa claramente.
No fim, diz sempre aquilo que quer dizer, sem medo. Não há um porquê do medo. O medo se foi há algum tempo atrás, quando o que ouviu foi um "talvez", "outras prioridades" e sobre outros quaisquer que já nem faz sentido saber, só os restam ser esquecidos.
É ótimo não ter que se preocupar com o que ter que dizer e apenas dizer aquilo que se quer. Sem hora, nem enrola, dizer te amo bem agora, sem choro nem conversa, apenas bater na porta e ir sem pressa. À vida celebrar e comemorar com palavras para marcar e jamais esquecer. Te daria um dicionário inteiro para apenas dizer que minhas palavras buscam você. Um palavrório sem precedentes para te encher de presentes, epopéias, odes, hinos, sonetos, tragédias e comédias...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Como nascer de novo. Uma chama nova se acendeu e cresceu dentro daquele fogão usado. O tempo passava e parecia que cada vez as coisas se complicavam. De repente, como um explodir, uma clareira se abriu em meio àquele bar sujo e lotado de baratas. Talvez jamais estivesse em uma melhor situação consigo mesmo. Conversava por horas consigo mesmo e resolvia todas as pendências e discussões. E com aquela explosão soube que o tempo havia chegado.
Não, não era uma paixão à primeira vista, ou algo assim que nos filmes parecem muito artificiais. Naturalmente se atraiu e gostou daquela garota. Ela tinha algo de uma liberdade, um charme e um sorriso que lhe contagiou. Estava ali apenas pela possibilidade de poder beber um pouco de cerveja e acabou se divertindo. Criou expectativas e começou a imaginar se ela também o queria.
O que incrivelmente aconteceu.
Não que não fosse bonito e atraente, o era de certa forma. Encontravam-ve em momentos ideais um para o outro, essa era a verdade. Ela não tinha nada a perder e ele achou, naquela figura, uma certa vontade de amar, uma esperança, uma forma de ser feliz. Talvez não existisse a certeza, mas quando se sente algo assim não é bom apenas ignorar.
Ela era um pouco do que ele procurava. Vários sinais na pele, sorriso inocente e doce, olhos curiosos, cabelos escondidos e mãos que lhe chamavam. Tudo o chamava. Controlou-se para que nada desse errado, e deu certo.
Como seria feliz por aquele dia...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

como?

Como ter certeza do que realmente se quer? Ideias vem e vão, como quem não querem nada. Desejos, o tempo os mata. Vontade dá e passa. Não sei realmente o que devo pensar e sentir, jogar tudo para o alto e ir por ali. Não sei o que devo querer, ser alguém grande é o que sei sonhar. Qual o caminho mais complicado e estreito para se chegar ao longe? Provavelmente é esse que eu vou escolher.

Toda complexidade é bem vinda e analisada. De uns tempos para cá me tornei uma espécie de doutor. Aquele que olha e analisa e avisa. Pena que não tenho especialização, se não talvez o coração. E meus conselhos de nada me servem. Um cabeça dura, coração mole, de curta unha e bolebole. Embora não saiba o que me cabe, aprendi a achar que sei. Para quem antes era cego, pouca luz já ajuda. Não se iluda. Não sou tão certo e confiante assim. O pouco que sei de mim deve dar para aprender em alguns anos. 5 anos talvez.

Tive medo de mostrar, de me repreenderem. Só o que digo é "foda-se"! Talvez nunca tenha me aceitado tão bem e permanecido bem com isso. Minhas ideias valem algo. Sou meio mago, meio objeto. Metamorfose, metamorfoseador. Quando uma parte quer, a outra dorme, e ao acordar logo se perde.

Um quebra cabeça longe da metade...

sábado, 15 de maio de 2010

Sua leviandade era seu lema. Esforçava-se para não querer pensar demais, nem se importar demais. Respirava a tensão como se fosse a última, devorador de emoções. Só buscava sentir.

Queria de novo morrer de viver. Bastava-lhe sua própria complexidade, e por uns minutos discutiria a de mais alguém, poucos minutos.

Queria que lhe rasgassem, que lhe mordessem a pele até arrancar, que lhe puxassem e implorassem por um segundo. Um segundo e meio de amor que se multiplicariam, tornando-se vício.

Um desespero sem pressa, nem medo. Desespero que era assim mesmo apenas no nome. Interno e comedido, calmo e esperançoso. Era como algo leal que balançava o rabo e levantava as orelhas sempre que sentia aquele cheiro, e escutava aquela voz. Um cachorro que morava ali dentro e aguardava o retorno de seu dono. Não havia nenhum dono, dono algum o queria.

...

Uma solidão eterna o preenchia. Afogava-se naquele penar por si mesmo. Ou era apenas uma vontade de conversar que o arrebatia toda vez que se encontrava sozinho. Silêncio era algo contra suas regras. Rastejava por alguma aventura, ou simplesmente uma não inércia. Não sabia por que, mas chorava. Pensava quando iria deixar de ser pouco e ser muito. Precisava de um grande feito.

Gostava quando precisavam dele. Podia fazer a diferença para alguém, e assim pegar o jeito pra mudar o mundo. Mas se precisassem em excesso causava-lhe ânsia de vômito. Como ia mudar o mundo, onde as pessoas precisam demais, se não sabia lidar com essa fome de ajuda?

Então, sentaria-se em qualquer canto e pensaria, preocuparia-se, e não seria leviano. Nada haveria de mudar naquele ser que não sabia nada mais, além de ser quem se é. Não entendia como conseguia entender as coisas e explicar, sem mesmo entender. Que a vida era complexa, ele sabia. Sabia que tudo era complicado quando não se trata de nós mesmos.

Foi e se sentou, preocupou e pensou.

sábado, 1 de maio de 2010

Bateu a cabeça.Aquela dor aliviava todo o resto.Bateu mais uma vez.Não pensava em mais nada além da agudez daquela dor profunda e efêmera.Dessa vez mais forte.Todas suas mentiras tornavam-se passado, tornavam-se menos importantes, sentia-se alguém mais real.Em sequência foram umas três vezes, sentiu algo escorrer.Era quente e queimava.A melhor assepsia que podia realizar naquele momento, manter sua cabeça longe de toda aquela imundice que o matava aos poucos.Não tinha mais força.Tudo que há pouco pareceu uma grande solução voltou-se contra ele.Estava enojado por si mesmo.Como podia ser tão babaca, ao ponto de achar que as coisas se resolveriam assim.
Não havia nada para resolver.Não sabia se era aquele tédio que o matava e o fazia pensar asneiras, ou seu não contentamento consigo mesmo.Como estava difícil se manter constante naqueles dias.Não saberia mais se definir, dizer quem era.Talvez nunca o tenha ficado sabendo, e fosse daquele jeito mesmo.Complicado e inconstante.
Via as coisas diferentemente.Uns meses atrás era alguém que falaria de coisas que não se deve, e estragaria tudo, deixando escapar seus reais sentimentos, ou quem sabe apenas era um costume que tinha : sentir-se daquele modo.Agora queria se divertir, ter conversas interessantes, e ser incrível.Não se deixaria abalar por nada e ninguém.Achara o equilíbrio que todos deveriam achar.
O sangue parava de escorrer quente como o inferno, e congelava anestesiando todo o cérebro.Queria apenas dormir.Sabia que assim, no dia seguinte, tudo teria passado e seria renovado.Suas complicações o cansavam ao extremo.Cansado de sua própria pessoa, estava na hora de ir embora.Entrou em seu bolso e lá descansaria.Jogaria o resto no travesseiro e quando acordasse arrumaria a bagunça.Tudo estava em paz.A paz talvez lhe cansasse...Ah, boa noite!