terça-feira, 16 de março de 2010

detalhes

Como saber se realmente conhecemos alguém?Além, é claro, da minha teoria de que só é possível conhecer alguém após, no mínimo, 5 anos?Tentando me conhecer acabei descobrindo como as outras pessoas poderiam me conhecer e descobri que são os detalhes que fazem a diferença.
Existem pessoas que são sacanas, pessoas que fazem piadas, pessoas que sentem fome o tempo todo, pessoas "uhuuul!", pessoas que não conseguem ficar paradas...Enfim, cada um com sua própria mania, algo muito próprio que define e nos dá uma certa personalidade.A minha mania era cantar.Era, porque o eu do passado cantava mesmo que inconscientemente, e o eu do presente nem consegue se lembrar de música alguma.
Quando percebi era meio tarde, fui totalmente abalado pelos meus sentimentos e sonhos, e idealizações.Andava estressado, mal-humorado, meio brocochô, e só sentia essa agonia em meu peito o tempo todo.Mas foi quando percebi que não cantei no banho que a coisa veio à tona.
Porque eu não estava cantando e dançando em um de meus animados banhos, dos quais minha família reclamava, e as visitas riam.Passei o banho todo com meu botão, pra ser mais específico meu umbigo, pensando e divagando sobre coisas que não deviam me pertubar.Mulheres, é claro.
Gostava e não gostava, queria e não queria, sabia e não sabia, tanto fez, tanto fazia.Tudo que me preocupava era se aquela garota estava brincandoro, jogando o joguinho do amor.O bom de ter percebido qual era o meu detalhe foi que pude tomar alguma atitude.Quando se sabe que há algo errado com você, logo em umas das melhores fases da vida, você logo supera qualquer coisa e arranja um plano maluco inspirado em algo que você viu na televisão.E pronto!A vida continua bela cheia de canções.

domingo, 14 de março de 2010

Num passe de mágica toda a beleza do mundo se esvaiu.Não aguento mais as pessoas que me faziam mais felizes.Minha mãe estava certa, estou meio esquisito.Mães tem essas coisas de saber antes de nós mesmos as coisas mais pertubadoras, nos avisando como quem não quer nada que está ali à disposição.
Quando eu tinha uns 15 anos aconteceu uma dessas adivinhações.Eu estava em meu primeiro namoro, coisa boba, nada demais.Era uma criança feliz, cheio de sonhos e coisas que queria fazer, sem muitas preocupações e sem medo.E quando se namora pela primeira vez é quando se leva o primeiro pé na bunda.Eu nunca tinha imaginado como seria ruim, e sim, doloroso.Foi minha primeira paixão.
Acho que quanto mais novos, mais achamos que enganamos nossos pais.Mas é claro que nossos pais sabem disso e abusam desse poder recebidos pelas suas pessoas do passado.Embora queiram nos proteger e salvar do mundo não podem, ninguém pode.Nem nós mesmos.Fingi que estava tudo bem, me esforcei ao máximo.Usei de toda minha habilidade cênica e dissimuladora, mas desde o primeiro dia ela sabia.
Acho que mesmo daqui a uns 10 anos, ainda não a irei escutar e nada vai mudar.É o ciclo da vida dos pais e filhos.Temos que cometer nossos próprios erros para podermos aprender na prática.E ela sabe algo que não sei, e que não irei perguntar porque não adiantará de nada.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Existem sonhos que se repetem com alguma frequência durante a vida.Às vezes param, às vezes não, é algo que não dá para prever e ter qualquer tipo de certeza.Eles vêm com algumas mudanças, com atualizações de nossas vidas para que não fiquem tão chatos...
"...Um agente secreto tirando merecidas férias num lendário cruzeiro.Havia tempos que não relaxava e esquecia o trabalho.Depois de uma longa jornada para impedir um grande atentado de morte que desestabilizaria a política mundial seu chefe o concedeu o direito de passar um tempo com sua maravilhosa parceira..."
Esse meu sonho era mais ou menos assim.Nem sempre existia uma parceira, e nem sei ao certo se voltava de uma missão do caramba - sonhos são muito confusos quando não se dorme à noite e os deixa para o dia - ou se era realmente um agente.O que eu sabia é estava lá nesse barcão.
"...Haviam pessoas armadas, afinal era um porta aviões da Marinha americana.Andava sorrateiramente em busca de meu amor.Havia estudado e decorado a planta daquele barquinho sem vergonha.Só existiam dois lugares possíveis para deixar os prisioneiros: o convés ou a masmorra, embora fosse um modelo super moderno de embarcação..."
Meus sonhos sempre misturavam tudo que tinham direito.O que eu achava bom, porque na hora de contar eu podia escolher uma das opções e contar de diferentes maneiras para diferentes pessoas, sem é claro mencionar que era um sonho, e levando todo o crédito para minha criatividade.
"...Depois de desfarçado e garantido o acesso a qualquer lugar do navio (nem me perguntem como) achei minha linda morena latina-americana de quem tanto senti falta.Estava em seu vestido vermelho que a deixava tão sexy, e sorria docemente como sempre.Saímos perto da piscina com janelas, onde nos sentíamos mergulhando no mais profundo dos oceanos.Quando do nada, todos começavam a correr, o barco começava a afundar.Corri com ela até o ponto mais alto e o helicóptero ativado pelo meu relógio já estava á vista.Tudo saiu bem..."
Cara, sonhos malucos me deixam muito animado ao acordar.